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A Participação da Fragata "Vasco da Gama", como navio-almirante da operação "Atalanta", representa o contributo de Portugal, no âmbito da União Europeia, para garantir o apoio humanitário ao povo da Somália, tal como combater as acções de pirataria no oceano Indico.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

29JUN11: "Pouco importa quando o mar não é de feição" por Sar A Rodrigues


Pouco importa quando o mar não é de feição ou simplesmente quando a saudade aperta por aqueles que deixamos em terras Lusas, a moral do marinheiro, apesar da saudade, nunca é baixa. 

Disse o Poeta “ …Aqui ao leme sou mais do que eu, sou a vontade de um povo que quer o mar que é teu…”. Este é talvez o mais puro sentimento marinheiro, sempre com o desafio em mente mas com uma vontade do tamanho do mundo de mostrar as cores da nossa bandeira além fronteiras.

A todos aqueles que não entendem ser marinheiro é mais do que estar no mar, é forma de vida difícil de viver, e muito mais de compreender, tal qual como outra profissão é preciso ter orgulho e brio naquilo que se faz, mas a grande diferença é mesmo estar longe daqueles que nos aguardam em nossas casas.

Nós marinheiros, não somos solitários, apesar de família só existir a nossa, conseguimos desenvolver no mar amizades para a vida, e como diz o ditado popular “os amigos são a família que escolhemos”.

Existe algum pesar ao passar nas águas que outra hora foram descobertas pelo nosso povo e que agora vivem com o problema da pirataria. Não é fácil encarar este problema, tendo em conta que é um acto criminoso, por outro lado observamos a pouca preocupação com o valor da vida Humana por actos e acções cometidas por eles.


Somos pessoas de Paz e para a Paz, o segredo é distinguir o criminoso do inocente, no mar nem todos são piratas, nem todos são inocentes, nem todos são militares, mas certamente estaremos aqui para os distinguir.


Golfo de Aden, 29 de Junho de 2011

2SAR A RODRIGUES.
           

segunda-feira, 27 de junho de 2011

26JUN11 - O Comando da Vasco da Gama na Operação Atalanta por CFR Diogo Arroteia

 

Caríssimos Bloguistas,

Por nos encontrarmos a cerca de meio desta missão, solicitei ao gestor do Blog que me desse a oportunidade de endereçar algumas palavras a todos aqueles que nos têm acompanhado à distância, agradecendo desde já a vossa constante visita.

Não vos vou falar do dia-a-dia do Comandante, apesar de estar convicto que muitos perguntarão “o que é que ele faz?”, mas sim dos meus deveres e preocupações.
Ser Comandante de uma unidade naval é uma enorme honra e orgulho, como é para qualquer Marinheiro poder servir Portugal e a Marinha nos navios, pois são estes que materializam, permanentemente, aquilo que são os deveres e obrigações da nossa instituição para com o estado e povo português.

E é neste contexto que a fragata Vasco da Gama se encontra no Oceano Indico, integrada na Operação Atalanta, como contributo da Marinha em apoio à política externa de Portugal, neste caso particular, no âmbito da União Europeia, com o objectivo de escoltar os navios do Programa Alimentar Mundial que transportam ajuda humanitária a dois milhões de deslocados Somali, e em simultâneo reprimir qualquer actividade de pirataria no Mar da Somália e no Golfo de Aden.

Aliás, aproveito a oportunidade para fazer um breve balanço da missão até ao momento. Pode-se afirmar que a Vasco da Gama já realizou todo o tipo de tarefas associadas à missão, se não vejamos: Patrulhámos ao longo do Corredor de Tráfego Recomendado Internacional (IRTC), no Golfo de Aden, protegendo os cerca de 70 navios mercantes que aqui navegam por dia; patrulhámos em mar aberto na tentativa de localização de embarcações suspeitas em colaboração directa com os aéreos de patrulha marítima; vigiámos a costa da Somália, de forma a avaliar a actividade nos pontos de apoio logístico dos piratas e em simultâneo evitar que alguma embarcação suspeita tente largar para alto-mar ou que regresse deste para se reabastecer; e por último, neste caso a tarefa mais importante, já realizámos uma das escoltas que vos mencionei anteriormente. Adicionalmente, já efectuámos duas disrupções a embarcações suspeitas, apreendendo diverso material passível de ser utilizado em actos de pirataria. 
Resumindo, o balanço é bastante positivo e todos nós vamos continuar empenhados como até agora para que no final possamos regressar com o sentimento de missão cumprida.
Retornando à acção de comando. 

 A palavra comando, para além da associação que tem a conceitos como dirigir, liderar ou gerir recursos, está também associada a expressões como “a par de” ou de “conjuntamente”. Isto significa que apesar da decisão final e da responsabilidade sobre as respectivas consequências serem sempre do Comandante, sempre que este entender adequado, aconselhar-se-á com os seus mais directos colaboradores, o Imediato e os Chefes de Departamento, para que a tomada de decisão seja a mais consistente e sustentada possível.

Mas o grande desígnio do Comandante é o cumprimento da missão que lhe está atribuída, qualquer que esta seja, mais complexa ou simples, mais curta ou longa. O Comandante tem que colocar os 190 homens e mulheres da guarnição focalizados nas diversas tarefas associadas a essa missão, definindo e explicando o Objectivo e as Prioridades do Comando, de uma forma permanente e dinâmica, pois todos têm uma função fulcral para que estas tarefas sejam executadas de uma forma eficaz e eficiente, garantindo na máxima extensão possível a segurança do pessoal e do material.
Esta poder-se-á dizer que é a parte técnica da equação, existindo uma outra que é tão importante como a anterior, a parte humana. Garantir o bem-estar e o bom ambiente a bordo é essencial para a criação de uma atmosfera saudável, pois a guarnição, chamada de “família naval”, é a nossa “segunda família”, ou mesmo a “primeira” em missões longas como a actual, e se todos se sentirem felizes a bordo, tudo se faz e concretiza de uma forma natural e com satisfação.
Enfim, ser Comandante significa decidir, liderar e responsabilidade, objectivo e pretensão de qualquer oficial da classe de Marinha, do qual tento extrair todos dias ensinamentos para o futuro e a maior satisfação pessoal possível.
No entanto, continuo a comungar da opinião que o cargo mais exigente e complexo, mas ao mesmo tempo, o mais recompensador, que um oficial da classe de Marinha pode exercer é o de Imediato, a quem lanço o repto de aqui proporcionar aos nossos bloguistas a oportunidade, neste caso sim, de conhecerem o dia-a-dia mais atarefado de bordo.
Agradeço a todos a atenção prestada, desejando que se mantenham em contacto connosco e que passem a palavra ao maior número possível de familiares e amigos da existência deste Blog, pois todos vocês têm o direito, mas também a obrigação, de saber o que estamos a fazer.
Bem hajam

sexta-feira, 24 de junho de 2011

22JUN11: Vasco da Gama recebe visita do Vice-Almirante VCEMA em Salalah, Omã

Dia 21 atracamos em Salalah, uma cidade na costa Sul de Omã. 

Salalah é a capital e sede de governo da província de Dhofar no sul de Omã, com uma população de cerca de 200 mil habitantes, é a segunda maior cidade do Sultanato de Omã. Esta cidade costeira é um reduto tradicional e local de nascimento do Sultão, Qaboos bin Said, o qual possui residência oficial em Mascate desde que subiu ao trono em 1970. 

A actual cidade encontra-se perante um período de grande desenvolvimento, o qual teve inicio no ano de 1975, com a transformação do aeroporto local em aeroporto internacional e ainda com a construção de importantes infra-estruturas rodoviárias e portuárias.
A história de Salalah mostra que o seu destaque foi alcançado devido ao Frankincense, um extracto retirado das árvores usado para fazer perfume e incenso, assim ficou conhecida como a "capital do perfume da Arábia". O interior da província de Dhofar é também um destino popular para o turismo devido às diversas atracções naturais, desde as montanhas mais próximas até às abundantes árvores de incenso. 


Nesta região Sul de Omã é comum durante o período das monções, que toda a envolvente da cidade e montanhas revelem uma paisagem exuberante e verde, com vegetação abundante, aproveitada essencialmente para criação de gado bovino e caprino.

Após atracarmos e iniciarmos como habitual diversas acções de manutenção, tivemos oportunidade de receber a bordo o Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-Almirante João da Cruz de Carvalho Abreu
Durante a visita, com a guarnição formada no convés de voo, Sexa VCEMA teve a oportunidade de proferir algumas palavras de motivação e orgulho pela nossa missão, evidenciando a confiança que a Marinha tem na "Vasco da Gama" para concluir com sucesso o resto da missão. Posteriormente houve a oportunidade de ser informado sobre a actividade operacional desenvolvida até ao momento, assim como uma breve visita ao Centro de Operações.


  
A visita concluiu com um Almoço a bordo, oferecido pelo Comodoro Silvestre Correia.

terça-feira, 21 de junho de 2011

19JUN11: Vasco da Gama intercepta embarcação pirata

A Vasco da Gama, interceptou no Corredor Internacional de Tráfego Marítimo, em pleno Golfo de Aden, uma embarcação suspeita de actos de pirataria do tipo skiff.



 
A embarcação suspeita foi detectada por um navio mercante, que relatou no canal de chamada e socorro em VHF estar a ser alvo duma tentativa de ataque. Após a recepção da chamada de socorro em VHF, a Vasco da Gama respondeu prontamente, iniciando a aproximação de forma a interceptar a embarcação.
 
Durante a aproximação, foram dadas diversas recomendações ao navio mercante para tentar repelir o ataque, o que veio a acontecer posteriormente. O navio mercante reportou estar livre de perigo e a skiff iniciou a fuga.

 
Posteriormente, a skiff foi novamente detectada, desta vez por um helicóptero da Fragata da Marinha Inglesa HMS Richmond, tendo a sua posição sido prontamente passada à Vasco da Gama,por este ser o navio mais perto do local.
 
Com o helicóptero Português já no ar, a embarcação foi interceptada e a equipa de fuzileiros da Vasco da Gama efectuou a acção de abordagem.
A bordo da skiff encontravam-se quatro pessoas e diverso material susceptível de ser utlizado em actos de pirataria.

 
Uma vez recolhidos todos os elementos de prova e identificados os seus ocupantes, todos de origem Somali, foi apreendido todo o material relacionado com a actividade de pirataria.
 
“O elemento fulcral nesta operação foi a resposta imediata e efectiva das forças que se encontram na área. Como demonstramos hoje, a cooperação entre os vários actores na região é a chave para o sucesso desta operação.”, salientou o Capitão-de-fragata Diogo Arroteia, Comandante da Vasco da Gama.

Veja a reportagem da RTP1:



sábado, 18 de junho de 2011

18JUN11: O Serviço de Comunicações parte 1

O serviço de Comunicações do NRP Vasco da Gama é constituído por 2 secções. A secção Rádio, a qual iremos descrever neste artigo e a secção de Sinais, que será posteriormente descrita.




A secção rádio é responsável pelo estabelecimento de comunicações do navio com unidades em terra, unidades no mar e com o Helicóptero que se encontra a bordo da Vasco da Gama. É também responsável pelas comunicações internas nas condições especiais do navio, tal como, a condição em que o navio reabastece no mar.

Para estabelecer as ligações externas, os operadores rádio servem-se dos equipamentos existentes a bordo, dos quais fazem parte 12 equipamentos na banda de UHF, 20 equipamentos na banda de HF, sendo 10 utilizados para recepção, 6 para transmissão e 4 que podem ser utilizados para transmitir e receber em simultâneo, chamados transreceptores.

Um desses transreceptores é utilizado em conjunto com um equipamento de recepção HF (DSC) para o Global Maritime Distress Safety System (GMDSS) em casos de SOS no mar.

Estes equipamentos encontram-se no centro de comunicações e na nossa sala de transmissores. Encontra-se também, no centro de comunicações, o Sistema Integrado de Comunicações (SICC), utilizado para fazer as ligações entre os equipamentos e programas de transmissão e recepção de informações e também na ligação entre o navio e o Helicóptero.

A Secção rádio é composta pelo 1º Tenente Videira Pinto que é o chefe de serviço de comunicações, 1º Sargento C Farinha, Supervisor da Secção Rádio, Sargento ETC Ferreira e Sargento ETC Narciso, responsáveis pela manutenção e reparação de equipamentos, Cabo CRO Madeira, adjunto do Supervisor da Secção Rádio, Cabo C Domingos e 1º Marinheiro C Santos, operadores do SICC, 2º Marinheiro C Gaspar, 1º Grumete C Courinha e 1º Grumete C Gouveia, operadores de Comunicações.


É com esta breve descrição que ficamos a conhecer melhor a secção Rádio do NRP Vasco da Gama na “ Operação Atalanta”.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

16JUN11 - Perfis: SAR R Neves




P:SAR R Neves, fale um pouco de si e das suas origens.
R:O meu nome é Nuno Manuel Soares Neves, nasci em 9 de Julho de 1974, sou natural de Corroios – Seixal.
Sou filho de Faustina e Alexandre Neves, tenho um irmão mais velho e uma irmã mais nova, sou casado e tenho 2 filhos, a Inês com 10 anos e o Daniel com 6 anos, actualmente estou a viver em Sta. Marta do Pinhal – Corroios.

Apresentei-me para o serviço militar obrigatório em 8 de Agosto de 1994, mais tarde em Dezembro de 1995 iniciei o Curso de Grumetes Radaristas, na antiga e já extinta Escola de Informações em Combate. Fiz o meu primeiro embarque na Corveta N.R.P. Oliveira e Carmo em 1996, desde então já embarquei na Fragata N.R.P. Álvares Cabral em Março de 1997 onde estive até Setembro de 2002.
Em Outubro desse mesmo ano iniciei o curso de Controlador de Helicópteros onde após o curso fiz vários embarques em reforço, dando apoio aos controladores embarcados.  Entre Setembro de 2005 e Janeiro de 2007 frequentei o Curso de Formação de Sargentos e em Março de 2007 embarquei na Fragata N.R.P. Vasco da Gama onde ainda me encontro a desempenhar funções. Nestes quase 17 anos na Marinha conto já com cerca de 11 anos embarcado, tendo já atracado em 45 cidades diferentes em 26 países.

P:Qual a sua função a bordo?
R: A bordo desempenho a função de Controlador de Helicópteros ( HC ) e também a função de Chefe da Secção de Detecção e Controlo de Aeronaves, tenho a responsabilidade de garantir a segurança da nossa aeronave ( Bacardi ), assim como a de outras aeronaves em que o controlo seja atribuído à Vasco da Gama.
Cabe-me ainda a função como HC de Command Advisor para o emprego táctico de aeronaves.

P:Quais são as suas expectativas para a missão? 
R: As expectativas são altas, espero que esta missão possa ajudar a mudar um pouco a opinião publica em relação às forças armadas. A nossa, tarefa principal, embora num contexto fortemente interligado com a pirataria, é a protecção dos navios do Programa Mundial Contra a Fome ( World Food Program ) e da AMISOM ( African Misson for Somalia ).
Uma vez que a Vasco da Gama é a primeira unidade naval nacional a integrar a EU NAVFOR, como tal e como é nosso apanágio, tentamos sempre dar o nosso melhor quer pela dignificação da nossa Marinha quer pelo orgulho que é representar PORTUGAL. Desde que integramos a força e até à data, conseguimos executar todas as missões que nos foram atribuídas e estou confiante que assim se mantenha até ao final para que todos nós tenhamos no final apenas um sentimento, o de Missão Cumprida.

P:Quer deixar alguma mensagem? 
R:Mãe, sei que o que estás a passar não é fácil de suportar, mas com a força de todos que estão perto de ti e apesar de eu estar longe, eu penso em ti todos os dias e sei que tudo vai ficar bem. Para a minha esposa um beijo grande, para os meus “kukos”, já sabem, tomem conta da velha…muitos beijos para os dois, para o resto de toda a minha família e amigos deixo apenas esta palavra tão portuguesa que apenas existe na língua de Camões, SAUDADE….

Espero ainda que os portugueses em geral tenham orgulho nos seus militares, de modo que
a dor que os filhos sentem devido à ausência dos seus pais e mães destacados no estrangeiro não seja em vão. Nós tudo fazemos para representar ao mais alto nível Portugal.




      

quinta-feira, 16 de junho de 2011

13JUN11 - Entrevista a jornalista Inglesa embarcada

Durante a escolta que fizemos ao navio mercante da AMISOM até Mogadishu  e posteriormente durante o regresso a Mombaça, esteve embarcada uma jornalista Freelancer Inglesa, Rose George.
Neste momento a ultimar um livro sobre a marinha mercante, embarcou na Vasco da Gama por forma a obter a perspectiva militar do flagelo da pirataria, assim como perceber o papel dos navios de guerra na área e da Operação Atalanta.

No final da escolta a Rose concedeu-nos uma entrevista.
P: Este foi o seu primeiro embarque num navio de guerra, contudo temos conhecimento que já embarcou num navio mercante. Que diferenças sentiu e o que achou desta viagem?
R: Antes de mais existe uma diferença no numero de pessoas e no espaço para cada um. Num navio mercante, existem poucas dezenas de pessoas para um espaço maior que o vosso, enquanto aqui ultrapassam as duzentas. No entanto, existe  uma clara diferença de tratamento entre as pessoas. Na minha opinião é fantástica a capacidade de comunicação na Vasco da Gama. É impressionante como é que com tanta gente tudo consegue ser tão calmo e organizado.
Depois há a questão do dia-a-dia. Aqui, há sempre algo para fazer, nunca há tempos mortos. Pude observar todos os dias exercícios e tive ainda a oportunidade de acompanhar um voo no helicóptero assim como um embarque na semi-rigida. No final de contas, foi uma experiência única, muito estimulante.

P: O que pensa da Operação Atalanta?
R: É claramente uma missão exigente. A área é enorme e estão a fazer o melhor de um trabalho impossível. Existem algumas lacunas nas leis e acordos, o que não permite julgar os piratas de uma maneira fácil e expedita. Pelo contrário, os piratas não têm regras nem leis e são bastante flexíveis, pelo que aqui, o crime tem compensado.


P: O que pensa sobre os piratas?
R: Há muitas teorias como eles começaram a pirataria na área, mas para mim isto é crime organizado e a maneira como tratam os reféns é desumana.
Eles implementam o terror. Vivi isso na minha experiência a bordo do navio mercante. Não devemos ter pena deles.

P: Quer deixar alguma mensagem a quem segue o nosso blog?
R: Nunca estive em Portugal nem sequer tive intenções de visitar, mas após ter estado num navio de guerra Português, quero ir a Portugal! Acho que os Portugueses devem ter orgulho na Marinha que têm e em si próprios. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

12JUN11 - Estadia em Mombaça. Quénia


Concluída a tarefa de escolta com sucesso, a Fragata atracou em Mombaça para mais uma paragem logística.





  
O Quénia é um país da África Oriental, limitado a norte pelo Sudão e pela Etiópia, a leste pela Somália e pelo oceano Índico, a sul pela Tanzânia e a oeste pelo Uganda. Este nome surge do Monte Quénia, o seu ponto mais elevado. A capital do Quénia é Nairobi.


Este porto à semelhança dos anteriores também é bastante conhecido dos portugueses, dado Vasco da Gama ter sido o primeiro europeu a visitar Mombaça na sua primeira viagem à Índia, no dia 7 de Abril de 1498. Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia os portugueses tiveram necessidade de defender as suas rotas comerciais entre o Estado da Índia e os seus interesses na África Oriental, construindo no século XVI duas importantes fortalezas no actual Quénia: Mombaça e Melinde.

A conquista de Mombaça, em 1528, aos Swahilis pelos portugueses foi das mais difíceis em todo o Oriente. Após terem tomado e parcialmente destruído a cidade, iniciaram a construção de uma nova, assim como de uma imponente fortaleza, o Forte de Jesus. A fortaleza foi desenhada por um arquitecto italiano ao serviço dos portugueses, erguendo-se no topo de uma formação de coral, à entrada do antigo porto de Mombaça. Esta construção é considerada por muitos como uma das mais significativas da arquitectura militar Portuguesa do século XVI na costa oriental africana. Em 1698 foi conquistado pelos árabes de Omã, após um cerco de 3 anos. 






Após uns dias de descanso, regressamos ao mar. Seguem algumas fotografias ilustrativas do Quénia.