A Lua nasceu com Fado…
…No parque da cavaca, 9 companheiros de mar, 9 almas lusas, 9 juízes, jurados e trovadores… O silêncio das palmas não batidas, acompanhou a maresia que baptizou a primeira das canções do serão.
Recordação da via Latina, torre da cabra e claustro da velha sé, benditas capas negras, bendito Fado de Coimbra. Exímio trovador das frescas noites Coimbrãs, voz solo escutada pelas quentes areias do deserto de Omã, serás justamente recordada nos 1001 contos de sherazade… obrigado Ferreira…
Elevador da Bica, escadaria do Castelo, Avenida e Restauradores… Canto de varinas e saudades do Bairro trazidas na melodia de um fado Lisboeta… saudades do verão de sardinhas, dos cacilheiros para o Gingal… Fado à desgarrada sem guitarra. Severa, só a saudade do Tejo, a saudade do futuro próximo.
…E o Porto Sentido? Quem vem e atravessa o rio… granitos soalheiros da praça dos Leões, memórias e recordações. Da Ribeira até à Foz… Não tem fado mas tem Veloso, e o porto assim sentido reclama a guitarra Portuguesa, e o Porto assim cantado clama por agradecimento… obrigado Paquete…
Tradição centenária de embalo das sereias, comedidos discípulos de Baco em serão de alegria sincera, noite Índica de quente acompanhada de cigarros e memórias, impagável concerto desgarrado… Tudo isto foi noite de Fado.
Foi serão de cantorias, apenas pela noite iluminado,
foi de choro e alegrias, foi uma noite de Fado.
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